Profª Helen Cristina Liberatori
Objetivo:
Esse projeto tem como foco, o ensino da matemática, de suas representações que produzem sentidos nos processos de assimilação e compreensão da natureza cíclica e metódica do mundo. Buscam-se subsídios para se pensar à estratégia de mediação entre o raciocínio lógico matemático e o cotidiano do aluno. O aprendizado melhora quando os conteúdos são relacionados à existência concreta e cotidiana do educando. Tem-se observado, nas aulas, a predominância de um silêncio reflexivo, no sentido de comunicações sincréticas, que permite o processamento de raciocínio lógico, dedutivo, estabelecendo-se um nexo e sentido entre as noções informais, intuitivas e as linguagens abstratas e simbólicas.
Diante do exposto, a proposta é levar os alunos do Colégio Moura Lacerda para conduzir suas atividades de maneira torná-los responsáveis pelo desenvolvimento humano e solidário. A escola estadual visitada, E.E. Profª Irene Dias Ribeiro encontra-se receptiva para oportunizar as aprendizagens, as idéias, as emoções, os desejos e os gestos e, assim, procura associar, de maneira inevitável, o conhecimento e a cultura.
De acordo com os depoimentos e das experiências práticas, o projeto propôs-se a articular, integrar e sistematizar fenômenos e teorias na disciplina do ensino da matemática, focando-se nas opiniões dos alunos com relação ao seu aprendizado:
“- Quando fui convidada para participar dessa experiência de ir até uma outra escola não entendia o propósito. Foi chegando lá que eu comecei a entender tudo, o quanto nós somos importantes para aquelas crianças e como estar com eles seria uma ótima troca oportunidade e experiências.” – aluna Carolina Letícia Pires Ferreira.
“ – Se não falarmos a língua deles, não conseguimos conquistá-los.” – aluna Carolina Pedersoli.
“ – Sair de nossa escola e ir para outra é bem diferente. Lá você tem fazer amizade, saber conversar e o principal: Saber Ensinar.” – aluna Fernanda Ferreira.
“ – O recreio foi legal pois conversamos com alguns alunos, depois fomos para a sala aplicar o Bingo da Tabuada.” – aluno Caio José de Sousa.
“ – Enfim, mais que um projeto, acredito que seja uma experiência de vida. Experiência boa e não apenas para nós, mas também para todos aqueles alunos da escola, pois é emocionante a gratidão e a alegria deles aos nos verem. - aluna Júlia Sobottica.
“ - A minha ida a escola me fez abrir um pouco mais os olhos.” – aluna Bárbara Junqueira.
“– A visita em um lugar diferente com pessoas diferente como a escola Irene Dias Ribeiro é muito importante e gratificante”- José Eduardo F. Leite.
“ – Eu aprendi a ser valorizada e receber carinho." – aluna Júlia Rosa.
“ – O recreio foi normal, só as pessoas olhavam curiosas.” – Aluna Gabriela Biaggi Leite.
“ - Adorei a experiência, e acho que poderíamos ir para outras escolas, percebi que eles ficavam felizes em ter uma aula diferente”. – aluna Giovana Alice F. Nomellini.
“ - Quando entrei na sala e vi todos alunos pensei:- O que estou fazendo? Por que estou aqui? Porque nunca pensei em ser útil e o centro das atenções”. – aluno Bruno Luzenti.
“ - Fui embora levando para casa um ótimo aprendizado de vida e, principalmente, levando um grande sentimento da escola e dos alunos, a saudade”. – aluna Talita Fernandes Freitas dos Santos.


Conclusão:
De acordo com os discursos dos alunos projetar no futuro só tem sentido quando a identidade passa pela realização de si, e ao mesmo tempo, produz um efeito no outro. Porém, neste contexto, a importância de se criar um método de aprendizagem com estratégias diversificadas em vários grupos heterogêneos é tentar diminuir a violência institucional para promover mais relações sociais e afetivas para fortalecer os educandos e não enfraquecê-los.
Vale lembrar que nem todos evolvidos no procedimento coletivo do projeto possuem as suas agressividades controladas no ambiente escolar e no momento da aprendizagem. Por outro lado, o ser é mais importante do que o saber: este será conseqüência das características pessoais que determinam a sua própria metodologia de aprendizagem.